costumes da argentina

15 Costumes da Argentina para Você Conhecer Antes de Viajar para Buenos Aires

Sendo um país tão rico culturalmente, a Argentina traz consigo diversos costumes diferentes do que estamos acostumados a viver no Brasil. Por isso, antes de viajar, é interessante conhecer quais são os costumes da Argentina.

De grande extensão territorial, o país da América Latina consegue abranger várias culturas, o que fez parte de sua história nos últimos 300 anos e transformou o país no que ele é hoje: um emaranhado muito bem feito de culturas.

Viajar para lá traz consigo várias curiosidades que podem influenciar diretamente no que você vai conseguir aproveitar ou não em solo argentino.

Para te ajudar com isso, preparamos uma lista com 15 curiosidades e costumes da Argentina.

1. O cumprimento “saludo” e o lado íntimo dos argentinos

Para muitos brasileiros, o cumprimento costuma ser um aperto de mão, mesmo que ele seja estilizado à região ou à idade que o representa. Os mais jovens, por exemplo, dão o toque com a mão aberta.

É comum, também, o beijo no rosto, mas geralmente entre pessoas de sexos diferentes.

Na Argentina, o beijo no rosto não encontra nenhum impedimento entre pessoas do mesmo sexo, algo herdado de suas imigrações europeias.

O “saludo”, como é chamado o cumprimento com beijo no rosto, é um costume argentino bastante comum, a não ser que estejam em qualquer situação formal. Por isso, não estranhe se um colega hermano te cumprimentar com um beijo.

churrasco em parrillas argentinas
Créditos: drew benz (Flickr)

2. A gíria “che” que precede qualquer frase

Enquanto os gaúchos brasileiros acostumaram-se a falar “tchê” para qualquer início, meio e fim de conversa, os argentinos têm um hábito parecido.

“Che”, com pronúncia parecida com a dos brasileiros, estará nas mais variadas conversas, com o propósito de evidenciar uma situação ou simplesmente se fazer ser escutado.

O hábito, aliás, levou Ernesto Guevara a ser apelidado como “Che” Guevara, de tanto que ele pronunciava a palavra em suas falas.

3. A inversão das sílabas como brincadeira do dia a dia

Por mais estranho que pareça, os argentinos conseguem inverter sílabas de algumas palavras no dia a dia, um costume argentino que pegou muito rápido e que todo dia encontra mais pessoas para participar.

Não é necessariamente uma gíria, mas sim uma brincadeira com as palavras. Por isso, você precisará desvendar algumas frases coloquiais em sua estadia por lá, pois é bem provável que eles conversem dessa forma e nem percebam.

Com o nome de lunfardo, esse termo especifica o que é feito com a inversão das sílabas, talvez para criar melhor sonoridade ou simplesmente para se divertir em uma conversa. Tango, por exemplo, é muitas vezes chamado de “gotan”.

Gostou da brincadeira? Experimente quando estiver por lá. Quem sabe o espanhol pode ser aprimorado dessa forma?

4. Encurtar as palavras é outro costume

Talvez esse hábito seja mais fácil de se compreender, tendo em vista que o encurtamento de palavras gerou centenas de outras com o mesmo significado no Brasil. Na Argentina não é diferente.

Enquanto o “você” muitas vezes é dito como “cê”, ou aniversário se torna “níver”, na terra do Maradona você vai encontrar muitas pessoas abreviando as palavras da mesma forma.

“Cumpleaños”, por exemplo, vira apenas “cumple”. Todo mundo sabe que a pessoa está falando de aniversário.

5. A curiosa imigração que deu certo

Antes dos europeus chegarem às terras que hoje são da Argentina, por ali havia diversas tribos, as quais foram se disseminando com o passar dos anos, enquanto a população europeia também tomava conta daquele país.

Com predominância de espanhóis, italianos e alemães, a Argentina é um país que culturalmente conversa bastante com o Brasil. Suas raízes são indígenas, mas a cultura que prevalece veio da Europa. Pelo menos em boa parte do país.

Entretanto, é curioso perceber como a imigração trouxe tantos aspectos culturais, sociais e religiosos à Argentina e que isso tenha se transformado de forma tão natural em uma miscelânea própria.

Ou seja, apesar da imigração predominante vinda do velho continente, há uma espécie de acordo cujas culturas diferentes não são encaradas como algo menor, inferior ou pronto para ser extinto.

O CENSO do país nem sequer faz levantamento religioso, pois isso não influencia na vida das pessoas, que convivem harmoniosamente com diferentes credos.

Por outro lado, os escravos trazidos da África foram praticamente extintos do país, o que se reflete na baixa quantidade de melanina em sua população.

tango nas ruas de buenos aires
Créditos: Jaime Tapia (Flickr)

6. Maior extensão territorial em espanhol

Em questão de território, a Argentina é o 8.º maior país, mas sua população é de cerca de 45 milhões de pessoas, o que corresponde a praticamente todo o estado de São Paulo.

Cerca de 30% da população vive em torno de Buenos Aires, o que faz de seu interior bastante vazio, tendo em vista o tamanho do país.

O que chama a atenção é que, ainda que sua população não seja maior que a da Espanha e Colômbia, por exemplo, a Argentina tem o maior território de um país cuja língua nativa é o espanhol.

7. Neve, deserto e Antártida

Justamente por seu tamanho, é possível encontrar todos os climas extremos em seu território.

Do norte da Argentina, com a fronteira junto à Bolívia, até o sul, na Patagônia, há diversas temperaturas que podem atrair turistas de todos os cantos do mundo.

Buenos Aires, sua capital, fica às margens do Rio de la Plata, gigantesco à beira do oceano e que traz fortes ventos à cidade. No inverno, as temperaturas chegam a 0 °C, mas o verão traz os 30 °C suados e muitas vezes tórridos.

Por falar em tórrido, uma das fronteiras do país está na Cordilheira dos Andes, a maior aglomeração de montanhas e neve do mundo, o que faz com que a Argentina tenha desertos ao nível de bairro e nevascas à medida que se sobe nas cordilheiras.

Na fronteira com a Bolívia, o calor é típico, do jeito que o brasileiro está acostumado.

É no sul do país que as temperaturas são baixíssimas, com épocas em que a neve faz de algumas cidades pequenos pontos brancos no mapa argentino, cujas temperaturas chegam a -10 °C.

Além de tudo isso, o sul do país é o ponto do continente americano mais próximo da Antártida.

neve em bariloche
Créditos: PVS ‘s Pictures (Flickr)

8. O velho e confortável hábito do colecionismo

Como é visível em cidades como Buenos Aires, Mendoza e Tigre, o colecionismo faz parte da vida dos argentinos como um de seus hábitos mais insistentes.

Casas, carros, transporte público e até mesmo objetos de casa, como mesas e cadeiras, são guardados, reformados e mantidos por tanto tempo, que custa a acreditar que tudo esteja em ordem.

Carros dos anos 60, por exemplo, são clássicos independente de o modelo estar intacto ou não. Para os argentinos, “velharia” é uma palavra que não está em seu vocabulário.

9. Jeito verbalmente agressivo

Por mais que os argentinos pareçam agressivos em suas abordagens, eles sempre lembram a todos que isso faz parte de seu passado, cujas culturas misturaram a Espanha e a Itália.

Ou seja, o falar alto e gesticular com as mãos é apenas um hábito, e não algo que deva ser encarado como um jeito verbalmente agressivo.

Para os brasileiros, isso pode ser estranho de início. Como também há muita gente com descendência italiana, por exemplo, talvez seja apenas uma questão de convivência.

Uma dica importante é compreender que o jeito de se expressar dos argentinos nada tem a ver com braveza ou má educação.

10. A tradicional Siesta do interior

Um dos costumes da Argentina (mais em cidades do interior), como na Espanha, é comum fazer a siesta, momento no qual as pessoas param de trabalhar no meio do dia e, após o almoço, dormem. Em seguida, voltam às suas vidas e atividades.

Para o brasileiro, a siesta é um hábito muitas vezes incompreensível, pois é como se metade do dia fosse perdida enquanto alguém está simplesmente dormindo no horário em que deveria estar trabalhando.

Esse é um hábito muito antigo, cuja origem se mantém até hoje: dormir após o almoço melhora a qualidade de vida.

Ou seja, em diversas cidades do interior argentino, você não encontrará praticamente nada aberto, de bancos a mercados, após o almoço. Terá de se adaptar.

11. Competidores esportistas

O esporte faz parte da vida do argentino, como o futebol, verdadeira paixão nacional. O que muita gente não sabe é que os esportes são levados à risca pelos hermanos.

Seja no futebol, rugby, basquete, natação ou Fórmula 1, na Argentina a competitividade sempre fala mais alto, o que faz com que eles sejam reconhecidos no mundo inteiro pela qualidade de seus competidores.

Não há muitos momentos em que você poderá jogar para apenas se divertir. Para eles, é jogar para ganhar e, então, se divertir… ou perder.

saludo la boca
Créditos: oriana.italy (Flickr)

12. O recorde de estádios de futebol

Por falar em competitividade e futebol, Buenos Aires é a cidade no mundo em que há mais estádios. São 36 lugares por toda a cidade, incluindo o mítico La Bombonera.

Ou seja, os argentinos são realmente apaixonados por futebol e é fácil perceber isso nos estádios de Buenos Aires.

13. Costumes da Argentina e sul brasileiro: o mate e o chimarrão

Mais um ponto em comum entre o sul do Brasil e a Argentina, o mate é uma bebida que os vizinhos tomam, como o gaúcho brasileiro o faz com chimarrão.

Trata-se de um bebida quente, colocada no mesmo recipiente e tomada pelo canudo metálico que dá o gosto especial a quem a admira e usufrui todos os dias.

Aliás, os argentinos a consideram uma bebida essencial, como um substituto ao café com leite em boa parte do Brasil. Para começar o dia bem, muitos dizem que precisam beber o seu mate.

14. Os kioscos úteis

Os kioscos – ou, melhor dizendo, quiosques – são pequenos estabelecimentos disponibilizados em vários lugares do país, sobretudo em grandes cidades ou nas quais o turismo é bastante explorado.

Trata-se de uma vendinha, mais formalizada, cuja função é ter cigarros, bebidas, recarregamento de celulares e bilhetes magnéticos, entre outras coisas, como petiscos e doces.

É bastante parecido com uma loja de conveniências no Brasil, mas sem a necessidade de um posto de gasolina para complementá-la. Ao contrário, esse é um estabelecimento útil que deveria ter em toda cidade grande.

15. As comidas típicas

Para finalizar, vale a pena falar também sobre as comidas típicas e comuns dos argentinos.

Um costume argentino são as parrillas. Criamos um guia falando um pouco melhor sobre elas, que você pode conferir aqui.

Além disso, a carne assada (de modo geral, mas especialmente no churrasco) e o doce de leite também se destacam.

Gostou de saber mais sobre a Argentina e seus costumes?

Conhecer outras culturas é sempre enriquecedor. Por isso, esperamos que tenha gostado desse guia de costumes argentinos.

O país, nosso vizinho, logo aqui na América do Sul, é muito receptivo aos brasileiros e tem muito para mostrar, desde pontos turísticos clássicos até lugares escondidos que devem fazer parte do seu roteiro também.

Entre em contato com o Viagem Club por e-mail se tiver alguma dúvida ou comentário e prepare-se para a sua viagem! Até a próxima.

Perguntas e Respostas

Qual a origem do povo argentino?

O país começou a existir, tendo em vista o primeiro contato com o ser humano, há milhares de anos, com diversas tribos indígenas espalhadas pelo que hoje é conhecido por ser território argentino.

A atual sociedade do país começou a ganhar forma com a imigração de europeus, sobretudo italianos, espanhóis e alemães.

Como é a cultura da Argentina?

É uma cultura miscigenada, com origens de diferentes partes do mundo, sobretudo europeia.

O resultado é um país cuja sociedade contém misturas culturais, gastronômicas e históricas, algo que o levou a ter muito a contar em seus museus e parques.

Como vive a população da Argentina?

Grande parte da população da Argentina vive em Buenos Aires e cidades de seu entorno. Cerca de 30% da população vive assim.

O restante está distribuído em seu território, o 8.u00ba maior do mundo.

O que eu preciso saber antes de viajar para a Argentina?

Conhecer a cultura, os hábitos e as curiosidades da Argentina são excelentes passos para serem dados antes de viajar ao país.

Contudo, como brasileiro, também é necessário saber que não é preciso passaporte, que a moeda local é o peso argentino (desvalorizada diante o real) e que o idioma é o espanhol, mas diversas palavras são ditas de maneira própria.